Mulheres de Deus

Mulheres de Deus
"Enganosa é a graça e vaidade a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada." Provérbios 31:30

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Deslumbrada?

 
                                           
     Já alguma vez ficou deslumbrada por algo que na realidade não precisa e nem pode comprar, como por exemplo um anel de brilhantes? Já alguma ficou tentada em comprar um carro que é acima das suas possibilidades? Quem diz um carro, diz uma TV, uma câmara fotográfica ou um sofá de pele? Já desejou comprar a casa dos seus sonhos, mesmo sabendo que o seu salário não pagaria as prestações do empréstimo bancário? Remodelando a pergunta: Já alguma vez comprou alguma coisa acima das suas possibilidades?
     É possível que a maioria de nós tenha já comprado alguma coisa que na verdade não precisava. A publicidade é apontada como uma das grandes responsáveis por essas escolhas, mas a vaidade é um pouco mais responsável. Se estamos cansadas de saber que a felicidade é um sentimento que vem de dentro de nós para fora, e não de fora para dentro, porquê que precisamos de coisas para nos sentirmos felizes?
     Ás vezes penso que trabalharíamos metade do tempo se não fossem as coisas que não precisamos e teríamos mais tempo para ser felizes! Se não tivéssemos que pagar empréstimos para TVs novas, quando as velhas ainda estão funcionando; se não tivéssemos um segundo carro porque não podemos andar em transportes públicos ou depender de alguém; se em vez de comprar uma casa nova remodelássemos a antiga, talvez sobraria mais dinheiro dos nossos salários.
      Provavelmente, se comêssemos o essencial  em vez de enchermos as despensas com tantas coisas que na realidade nos fazem mal, as mães não precisariam trabalhar fora, e poderiam ficar com os seus filhos, em vez de os colocar numa creche. No entanto,  a gente quer beber suco todo o dia, comprar cereais doces para os nossos filhos porque pensamos que têm vitaminas, encher a geladeira e acabar por deitar fora alguma coisa toda a semana...
      Gastar mais do que se pode ou se precisa é uma fraqueza da nossa sociedade que está voltada para as coisas materiais em vez das espirituais. Comprar sem limites é como comer sem limite, na hora a gente sente o prazer, mas a médio e a longo prazo, o peso se acumula nos nossos corpos. Dívidas, dissoluções de casamentos e outros problemas familiares, além de muito stress e depressões, são só algumas das consequências do gasto desnecessário.
      Nem todos os gastos geram dívidas é certo, tem gente que pode realmente comprar, e compra tudo o que quer, sem conseguir, porém, comprar a felicidade - porque ela está em pequenas coisas do dia a dia que não se podem comprar: no tempo que dedicamos à família e aos amigos, nas pequenas coisas da vida, no crescimento espiritual, etc.
       Como diz Luis Ferreira Lopes, jornalista de Economia, "não é preciso ser barra em Economia para percebermos que há objetos aos quais atribuímos significados especiais ou uma carga simbólica que está apenas na nossa cabeça. Ficamos deslumbrados com pedras preciosas, mas não passam de pedras; nós é que lhe atribuímos um valor alto.... Esses objetos transmitem-nos sensações de poder e bem-estar e representam no imaginário coletivo uma suposta ascensão social e económica. como se fossemos aqueles jovens futebolistas milionários que, de repente, passam a exibir com orgulho a carteira recheada de notas, as roupas de marcas caras e uma garagem cheia de carros desportivos..."
        Temos um pouco a "mania das grandezas", e isso é difícil de admitir, porque na realidade achamos que merecemos ter tanto como os outros têm, que se tivéssemos isto e aqueloutro seriamos muito mais felizes. Precisamos, porém, parar para pensar naquilo que é realmente importante nas nossas vida. O que não tem preço é o que nos torna mais ricos: saúde, amor, tempo, família e amigos.
       Deus nos dá muitos exemplos de como podemos ser mais humildes, pois "o que mais rico é o que menos necessita" (não sei onde ouvi esta expressão). Deus nos oferece também, de graça, a sua salvação, por meio de seu Filho; essa riqueza é a maior que podemos ter na vida.