E depois do Natal?

     Levamos um mês a pensar nos presentes perfeitos, mesmo tentando limitar os gastos, procuramos agradar aqueles de quem gostamos. De uma certa maneira, a gente compra a felicidade de quem a gente ama pois usamos dinheiro. E a gente não se importa de gastar porque sabemos que o amor que sentimos vale muito mais do que aquilo que pagamos! Os nossos corações ficam um pouco mais doces e a gente tende a fazer o inventário do ano que está terminando... O que foi que a gente fez? Fizemos tudo o que queríamos, tratamos os outros como gostaríamos de ser tratados, fomos felizes? Por vezes nos sentimos culpados, porque na pressa do dia a dia, não tivemos tempo para dar atenção para algumas pessoas. Parece que não amamos o suficiente!
     No Natal a gente fica mais sensível, parece que o sofrimento dos outros nos toca de uma maneira mais forte e fica parecendo nosso também. Tentamos fazer caridade, ajudar os outros, etc. Descobrimos que somos mais felizes quando os outros são colocados antes de nós mesmos!
      E sim, a gente muitas vezes esquece o verdadeiro sentido do Natal, esquece que deveria ser uma festa cristã, onde Deus deveria vir antes dos outros e de nós mesmos. Uma festa de amor, em que se celebra o nascimento do nosso Salvador, que foi punido em nosso lugar na cruz, por amor a nós. A gente deixa-se levar um pouco pela fantasia da criança que existe em nós, e passamos esta quadra enfeitando, preparando ementas, pensando em quem queremos agradar; e deixamos para lá o amor e a comunhão que Deus nos oferece.
     Ás vezes, é apenas ouvindo um hino cristão, um corinho de crianças que fala do maravilhoso menino que nasceu, que o nosso coração se aperta e a gente se sente culpados perante de Deus. E não é que o Senhor Jesus precisa dos nossos votos de "Feliz aniversário", porque de nós Ele nada precisa. É Ele que nos quer mais perto, porque sabe que sem Ele não somos nada.
     Que o espirito de Natal se prolongue por todo o ano em nossas vidas, que a gente ame todos os dias, seja caridoso em todas as nossas atitudes, e sobretudo, que nos lembremos desse menino que era Deus, e se deu a si mesmo por nós.

Um bom Natal, todos os dias!